Caro empreendedor. É normal bancos, financeiras, clientes… Enfim, alguém solicitar o Balanço Patrimonial de sua empresa. Geralmente o processo é solicita-lo ao contador, apor sua assinatura (dividindo assim a responsabilidade das informações com ele) e entregar ao solicitante.
Mas, você sabe interpretar o conteúdo das informações e identificar a situação contábil de sua empresa. E ainda, utiliza o Balanço Patrimonial e a DRE para fins de tomadas de decisões.
Caso não entenda e ache confuso, tenha receio de perguntar; Não se preocupe, o texto abaixo tem o objetivo de ajudar a interpretar esses relatórios tão importantes.
Antes de começar, lembramos que esse não é um material acadêmico e seu objetivo é auxiliar os empresários, por isso é adotado exemplos simples e com uma linguagem descomplicada.
Observe a imagem abaixo. É bem provável que saiba o que é para que serve.
É uma balança, e funciona da seguinte forma, para se manter equilibrada, ambos os lados devem possuir o mesmo peso.
O Balanço Patrimonial funciona da mesma forma, mas vamos substituir o peso por valores e chama-los débitos e créditos.
E os pratos da balança, nomeamos o prato da esquerda de Ativo e nele estará o que possuímos e (ou) temos direito: Dinheiro (Caixa), Estoque, Contas a Receber, Veículos, Imóveis… No lado Direito chamamos de Passivo e nele estão nossas obrigações: Contas a Pagar, Salários a Pagar, Financiamentos a Longo Prazo… E também no lado direito por último o Patrimônio Liquido, responsável pelo Resultado do Exercício e o Capital Social (Investimento na empresa pelos sócios).
As contas ativas têm a natureza débito e as passivas crédito. Assim o Balanço deve possuir os mesmos valores em ambos os lados.
No exemplo notamos que a empresa possui R$ 500,00 em dinheiro. Um estoque de R$ 4.000,00 que por exemplo pode ser materiais para revendas ou a serem utilizados na prestação de serviços. R$ 500,00 de Valores a Receber, geralmente de vendas realizadas e ainda não recebidas. E por último R$ 20.000,00 do Veiculo que a empresa possui.
No outro lado notamos R$ 2.000,00 de Fornecedores onde podem representar as compras de materiais para revenda que ainda não foram pagas. O Financiamento pode ser do próprio veículo adquirido e que ainda consta a pagar. E por último o Dinheiro investido pelos sócios na empresa.
No caso totalizando R$ 25.000,00 em débito no Ativo e R$ 25.000,00 em créditos no Passivos. Mantendo assim os pratos equilibrados.
As contas sempre estão em subgrupos:
Começando pelo Lado do Ativo:
Ativos Circulantes: Valores realizados a curto prazo; Não circulante: A realizar a longo prazo; Investimentos; Imobilizado; Intangíveis.
Ao lado passivo: Passivo Circulante; Não Circulante; Patrimônio Liquido.
Tanto as contas ativas, como as passivas são classificadas por ordem crescente de liquidez: Assim o Caixa que probabilidade de maior movimentação, vem antes do veiculo que permanece na empresa por mais tempo e esse por sua vez, vem antes dos imóveis.
O mesmo para as contas passivas: As Contas a Pagar dentro do mês, vem antes dos financiamentos a longo prazo.
Por último o Patrimônio Liquido (Ativo - Passivos = Valores aplicados pelos sócios mais resultado da organização), trás as contas de Capital Social, Reservas de Lucros (respeitando a lei 6.404/76 em seu art. 182), Ajustes de avaliação patrimonial, reservas de capital, Ações em tesouraria e prejuízos acumulados (Lembrando que as adaptações as normas internacionais de contabilidade não permite o Lucro Acumulado).
O Resultado exposto no Patrimônio Liquido é resultado da apuração do resultado do exercício: Vendas - Devoluções - Impostos - Custo de Vendas - Despesas Operacionais - Despesas Financeiras - IRPJ e CSLL (Se Lucro Real / Presumido) = Prejuízo ou Lucro a destinar.
No caso de prejuízos serão lançadas a débito no Patrimônio Liquido. O Lucro será destinado como Dividendos e / ou Reservas de Lucros) e ficara a crédito no Patrimônio Liquido.
Átila Ferraz
Contabilidade.